Jornalismo Esportivo

Confira o que aconteceu na palestra de Mário Marra, comentarista da Rádio CBN SP, participante do Arena Sportv, colunista dos jornais O Tempo e Super, de Belo Horizonte.



Confira o blog de Mário Marra sobre esporte: http://geraisdoesporte.blogspot.com/
Siga-o no Twitter: @marramario

Um pouco mais sobre o palestrante:
Começou a trabalhar como comentarista por intermédio de um amigo que já trabalhava na CBN.
Começou a trabalhar na CBN, após cobrir uma final, sem ganhar nada - a não ser entrar nos estádios.
Começou em BH na CBN/ Rádio Globo, que realizam jogos simultâneos na capital mineira.

Visão da CBN
- Procura antever os acontecimentos, dar destaque às notícias de última hora.
- Problematizar
- Jogos quarta/domingo, arbitragem.
- Opiniões: diversidade de opiniões


O sonho de ser jornalista esportivo
- A realidade: É muito diferente do que se pode imaginar. De vez em quando, 10 reais e pão com salame é tudo o que o repórter no rádio vai ganhar. A realidade é diferente de programas da TV a cabo, por exemplo.
- Mercado
- Remuneração - A remuneração varia muito da praça, por exemplo. SP X BH X POA X RJ

O jornalista deve se manter no meio. O que fazer para temperar a paixão do outro e ser ouvido? Há o mito do "pra que time você torce?" - Preferível não falar, não criar barreiras ou dificuldades.

Jornalismo esportivo

Defesa: se espera atenção, que ela jogue sério, tenha garra.
Características de um ouvinte:
- Atenção, ouvido ligado. Muito comum o comentarista não ouvir as matérias enquanto está no off. Deve-se prestar atenção.
- Seriedade e pensar no ouvinte. Há casos engraçados, como o cair da cadeira, mas deve-se manter a seriedade. Pensar como a mensagem chega ao ouvinte.
- Firmeza. Passar credibilidade. Fale o que você está pensando.
- Garra: superar dificuldades que acontecem no trabalho. Calor, pessoas tentando roubar sua carteira, choque, formiga entrando na boca, estádios sem condições... tem que ter garra.

O comentarista é um privilegiado.

Meio de campo: você tem que se relacionar, mesmo com as pessoas que você não gosta. Se espera que o meio de campo faça uma boa relação, um bom intermédio.
Você pode ter duas posturas: arrogante x tranquilo. Aproveitar a oportunidade.
- Relação com fontes e colegas.
- Informação: deve-se preparar para cada programa. Normalmente, se recebe informação. Informação é muito importante na FORMAÇÃO e ajuda a fazer transição entre meio de campo e ataque.
- Conteúdo, bagagem são importantes e ajudam. Mesmo se não houver isso, estar pronto a ouvir ajuda.
- Criatividade: é preciso arriscar, variar. É preciso mudar. Quem não mudou, o fizeram mudar. É preciso pensar no ouvinte.

Ataque: é baseado na sua argumentação, como você "recebeu essa bola do meio de campo"
- Argumentação: monte pilares na argumentação. O seu ouvinte quer base. Você quer que sua opinião tenha valor. Argumentar com conteúdo. Começar a trabalhar o jogo bem antes do apito do árbitro. Se você construir hipóteses, a chance de errar é menor.
- Convite à reflexão: jogar perguntas.

Um time de futebol é marcável. O treinador tem que mudar, alterar.

A estrutura de TV ainda é machista. É difícil ter uma mulher narrando. Há preconceito com mulheres no meio ainda. Os homens são crueis. As mulheres não ficam em "rodinhas". A mulher não está corrompida.
No jornalismo é como tirar a carteira de motorista - a auto escola infiltra conceitos em você.
O que mais pesa no jornalismo é o conceito - me falaram sobre ética, preservar a fonte, o que é notícia, etc...

O mito, geralmente, não tem conteúdo. Quem tem conteúdo é um ser humano normal, como a gente.
Os argentinos se dão bem no futebol brasileiro pela carência, a falta de meias, a escola argentina (do passe). O futebol brasileiro precisa de um meia técnico (um cara que sabe fazer, aprendeu a fazer) - e os argentinos são raçudos e têm técnica.

Jornalismo esportivo para outros esportes é complicado, mas há um mercado muito grande - Olimpíadas 2016 estão aí...

Há certo preconceito no ar de falar sobre outros times que não os de São Paulo e Rio - até mesmo pelo público maior

Arbitragem: estrutura corroída do poder. A CBF não joga claro. Os árbitros vêm com o discurso de querem a profissionalização - mas quando recebem menos, recolhem esse escudo. A preparação é para inglês ver.

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